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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Progressiva: Do enrolado ao liso....


Na década de 80 a grande moda capilar e por não dizer que o grande sucesso, eram os cabelos cheios e encaracolados. Desde o fim dos anos 90 e principalmente de 2002 para cá, tudo muda como sempre ocorre em moda e tendências e hoje vivemos a era dos cabelos lisos. Em torno do ano de 2000, surgiram as tão famosas escovas definitivas que modificavam radicalmente a estrutura capilar, rompendo a ligações de cistina e cisteína e assim construindo um novo cabelo, agora liso ao extremo. A definitiva com preços altíssimos e destinados apenas para as mais privilegiadas financeiramente, tornou-se a grande inovação da cosmética capilar. Mas como tudo tem suas restrições, começou-se a ver que para cabelo afros já não tinham tantas vantagens assim, uma vez que a raiz capilar ao crescer, trazia um aspecto extremamente artificial e que iriam levar a retoque mensais, inviabilizando o custo. Como o mercado de bussines não pode parar, veio então a definitiva para cabelos loiros, uma real catástrofe, pois esses cabelos que já sofrem altas modificações estruturais devido aos processos de descolorações, não agüentava mais um tão agressivo como a definitiva e tão logo percebeu – e com isso, ninguém mais falava no assunto. Pensando nessa “brecha” de mercado, isto é, o da loira, veio a tão sonhada e desejada progressiva à base de formol. Sabe-se que o formol não modifica a estrutura capilar, mas sim apenas forma um filme na camada externa do fio, o conservando por certo tempo, no formato o qual foi processado pelo térmico ( secador/ chapinha). Isso seria a 7º Maravilha do Mundo, se não fosse tóxico e altamente alergênico e usado de forma indiscriminada por profissionais cabeleireiros e curiosos, fazendo com que através de queixas, houve intervenção severa da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) o que barrou radicalmente o uso do formol para processos de alisamentos capilares de modo progressivo. O mercado da cosmética teve que suprir esse nicho que ficou e surgem progressivas de todos os lados e com os mais diversos e criativos nomes possíveis (chocolate, francesia, escocesa, italiana, melancia, fruta, mel). Essas formulações na sua grande maioria trazem princípios ativos como o ácido tioglicólico ou tioglicolato e em outros a guanidina. Esses produtos contrariamente ao formol que não penetra na medula capilar, modificam a estrutura do fio e isso nos faz lembrar o tão conhecido alisante e relaxante capilar. Mas temos que nos apegar aos detalhes importantíssimos, recordando as mesmas precauções do alisante/relaxante, isto é, NÃO PODEM SER USADOS EM LOIRAS OU EM CABELO DESCOLORIDOS e terem um tempo de pausa de pelo menos dois meses antes ou após qualquer processo químico. Isso infelizmente não é divulgado e muito menos levado em consideração, pois quando estes cabelos começam a ficar partidos e fracos, mais uma vez a indústria cosmética vem “colaborar” com cremes ultra mega modernos e caríssimos para reconstrução capilar. Concluímos então que:
. Definitivas são boas para cabelos não tingidos, não descoloridos e depende do poder aquisitivo para cabelo étnico;
. Progressivas à base de guanidina e ácido tioglicólico, ótimas para cabelos não loiros e que respeitem o tempo de pausa de processo químico, digo, dois meses antes ou após;
. Para loiras ainda temos poucas opções de mercado no que diz respeito às progressivas, o que recomendamos são as escovas de brilho, que possuem ceras de alta qualidade e óleos que darão a esses cabelos, brilho intenso bem como “peso”.
Não existe mágica e sim marketing.... Procure sempre um profissional especializado.
Aos colegas profissionais peço que estejam sempre atualizados para melhor cuidar de nossas clientes. Abraço a todos ...

Mont Cristo.

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